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quarta-feira, 6 de abril de 2011

O 1º Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste divulga a lista dos 20 artistas selecionados e dos 4 artistas homenageados.


Membros da Comissão de Seleção: Rafael Maldonado-MS, o curador Carlos Sena Passos-GO, Marília Panitz-DF, Cayo Honorato-SP, Daniela Labra-RJ e Gilmar Camilo-GO.

O 1º Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste divulga os nomes dos quatro (4) artistas homenageados e dos vinte (20) artistas selecionados para comporem a exposição, que será inaugurada no dia 28 de abril de 2011 no Centro Cultural UFG.

A Comissão de Seleção composta pelos especialistas Cayo Honorato (SP), Daniela Labra (RJ), Gilmar Camilo (GO), Marília Panitz (DF), Rafael Maldonado (MS), e pelo Curador do Salão e Diretor do Centro Cultural UFG, Carlos Sena Passos, selecionou os vinte artistas que comporão a mostra. Os critérios que nortearam o trabalho da Comissão de Seleção e sua avaliação foram: a diversidade de meios técnicos, a inteligência plástica dos procedimentos e a atualidade das poéticas adensadas nas propostas dos artistas.

O Salão recebeu propostas de artistas residentes em vinte e cinco cidades do Centro-Oeste, fazendo o total duzentas e setenta e sete (277) inscrições, sendo 131 de Goiás, 95 do Distrito Federal, 20 do Mato Grosso e 31 do Mato Grosso do Sul.

Foram selecionados vinte (20) artistas provenientes de cinco cidades do Centro-Oeste. Foram selecionadas obras nas categorias de desenho, pintura, objeto, fotografia, vídeo-instalação, vídeo-objeto, vídeo-performance, compondo um painel representativo da produção contemporânea na Região. Os selecionados passam agora a concorrer a quatro (4) prêmios no valor de R$ 10.000,00.

ARTISTAS SELECIONADOS

Ana Beatriz de Azevedo (GO)
Ana Ruas (MS)
Bia Medeiros (DF)
Camila Soato (DF)
Dalton Oliveira de Paula (GO)
Enauro de Castro (GO)
Evandro Prado (MS)
Fernando Aquino Martins (DF)
Gervane de Paula (MT)
Hortência Moreira (GO)
João Angelini (DF)
Luiz Mauro (GO)
Miguel Penha (MT)

Pitágoras Lopes (GO)
Polyana Morgana (DF)
Ricardo Teixeira (GO)
Rodrigo Paglieri (DF)
Sandro Gomide (GO)
Tomás Werner Seferin – Grupo Mesa de Luz (DF)
Virgílio de Barros Neto (DF)


ARTISTAS HOMENAGEADOS

O formato do Salão é renovado com a apresentação de quatro artistas homenageados, convidados pelo Curador do Salão devido à importância de suas trajetórias e de suas contribuições durante décadas de trabalho para a construção da História da Arte no Centro-Oeste. Humberto Espíndola do Mato Grosso do Sul, que é um pioneiro vindo do final dos anos 60, e mais artistas oriundos da chamada Geração 80 como Adir Sodré do Mato Grosso, Edney Antunes de Goiás, e Elder Rocha do Distrito Federal, são premiados Hors Concurs com o valor de R$ 10.000,00 e suas obras passam a integrar o acervo do Centro Cultural UFG.


Com sua poética da Bovinocultura, Humberto Espíndola foi o primeiro artista do Centro-Oeste a se destacar no cenário da arte contemporânea brasileira. Um dos fundadores da arte contemporânea na região, ele foi pioneiro no uso de novos suportes e na criação de instalações e de objetos. Sua obra foi mostrada nas Bienais de São Paulo, Veneza, Paris, Medelim. Nascido em Campo Grande, onde iniciou sua trajetória, formou-se em jornalismo em Londrina e depois residiu em Cuiabá, onde fez grandes contribuições para o circuito de arte local, como a criação do Museu de Arte e Cultura Popular da Universidade Federal do Mato Grosso. Retornou novamente a Campo Grande e veio a assumir a Secretaria Estadual de Cultura e também a Diretoria do Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul. Os papéis de artista, gestor e ativista cultural se mesclaram na trajetória de Humberto Espíndola, cuja obra reflete a sociedade e a economia do Mato Grosso e de todo o Centro-Oeste.


Adir Sodré pertence à segunda geração de artistas formada em Cuiabá no final dos anos 70. Nascido em Rondonópolis, mas vivendo na capital matogrossense, o artista iniciou seus estudos de pintura aos 14 anos de idade, e chegou ao posto de significativo expoente da conhecida Geração 80 Brasileira. Sua obra rompeu a fronteira do Mato Grosso participando de importantes exposições coletivas e realizando mostras individuais em galerias no eixo Rio/São Paulo e fora do Brasil. A linguagem pessoal do trabalho de Sodré se destacou por fazer uma mescla entre aspectos das culturas regional, brasileira e internacional. Adir se destacou ao realizar cruzamentos entre elementos provenientes das esferas plásticas erudita, popular e de massa, e por mostrar um erotismo fora do comum que domina todas as formas da natureza.


O artista goianiense Edney Antunes possui uma trajetória iniciada por volta de meados dos anos 80, e como os artistas goianos de sua geração formou-se fora das escolas de arte e dentro do processo do autodidatismo. Desde o início foi marcado pela inquietação que o levava a pesquisar suportes e linguagens para seu trabalho. Foi pioneiro na utilização das técnicas de grafite para realizar obras expostas em galeria ou na paisagem de Goiânia. Ao longo de décadas de trabalho Antunes investigou materiais orgânicos e industriais; passou da pintura ao objeto e à instalação; criou obras de conteúdo político ou de cunho social; apropriou-se de imagens da mídia e tratou de temas como problemas da infância, violência, religião, medo, marginalidade social, biotecnologia, etc; operou com estratégias de participação e interação do espectador para completar o sentido da obra. Edney Antunes com suas instalações conquistou premiações em salões realizados em Goiás e noutros Estados.


Nascido em Goiânia, mas residindo em Brasília desde onze anos de idade, o pintor e desenhista Elder Rocha formou-se pela UnB e depois fez mestrado em Londres. De retorno ao Brasil, tornou-se professor formador de novas gerações de artistas na UnB, e desde os anos 80 é um dos mais destacados artistas de Brasília. Suas pinturas oitentistas eram carregadas materialmente e exacerbavam a função do gesto no embate entre o corpo do artista e a pintura que se constituía, porém, mais recentemente ele vem realizando obras empregando imagens ready-mades, extraídas de antigas ilustrações e portadoras de nostalgia, para abordar a crise do olhar provocada pelo excesso de imagens na atualidade. Elder enfatiza a materialidade e a planaridade da tela deslocando-a da condição de simples suporte para a situação de apresentação do campo bidimensional em si, e dessa maneira atualiza o uso do suporte anteriormente tantas vezes colocado em crise.

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