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domingo, 6 de dezembro de 2009

Mudança de enfoque na política cultural da UFG

Aproveitamento do antigo galpão do DMP/UFG na Praça Universitária para instalações do Espaço Cultural da UFG - Oficinas de Arte/NUCAIC. Assim começou a vocação artística desse local.

Vista do Galpão das Artes - Espaço Cultural da UFG, então, já ligado à Pró-Reitoria e Extensão/UFG e tendo passado por uma primeira reforma. Uma presença ainda dissolvida na paisagem.

Estamos presenciando a uma grande transformação na política cultural da Universidade Federal de Goiás, verificada nas inaugurações do Cine UFG e do Centro de Cultura e Eventos Ricardo Freua Bufaiçal, na atualização da exposição permanente do Museu Antropológico e no empenho para a instauração da RTVE, etc.

Esta transformação - resultada na mudança de enfoque cultural da Pro-reitoria de Extensão e Cultura/UFG - tem seu ápice no já conhecido Espaço Cultural da UFG.

A PROEC desenvolveu estratégias de arrojada política cultural transformando radicalmente o espaço físico do antigo galpão para criar espaços específicos aptos a receber as produções artísticas cênicas e visuais. Os esforços empreendidos resultaram no projeto agora em curso: a reforma do Espaço Cultural da UFG.

Galpão das Artes - Espaço Cultural da UFG iniciando a sua grande reforma para se transformar no Centro Cultural UFG - aqui, a construção da portaria do Teatro.

O Centro Cultural que a Universidade Federal de Goiás está prestes a inaugurar é uma transformação radical do antigo Espaço Cultural UFG (criado nos anos 80 vinculado ao Núcleo de Apoio às Iniciativas Culturais da UFG sob a coordenação de Carlos Fernando Filgueiras de Magalhães). A partir de 2006 – com Edward Madureira Brasil sendo o reitor, Anselmo Pessoa à frente da PROEC e Carlos Sena na direção do Espaço Cultural da UFG – começou um processo da mudança na estrutura física e no conceito de atuação deste espaço, que se pretende agora um centro de excelência em cultura rebatizado de - Centro Cultural UFG.

Máquina pesada trabalhando na preparão do solo para a construção de um pátio externo no novo Centro Cultural UFG.

Com um histórico bastante eclético o Espaço Cultural já abrigou no passado os ensaios do Teatro Universitário dirigido por Carlos Fernando, a Companhia de Dança Quasar, o grupo teatral do Sandro de Lima, ensaios do Show do Esqueleto, o Grupo Gwaya de Contadores de Estórias, Grupo de Capoeira do Mestre Guaraná, etc. Por um período, o espaço assumiu vocação mais extensiva que cultural e passou a ser utilizado para projetos de caráter assistencial.

Pátio e portaria das salas expositivas do Centro Cultural UFG já construídos e fachada com estrutura montada para receber o envelopamento externo.

Hoje a UFG se preocupa em remodelar a sua concepção do espaço com o objetivo de ofertar bom teatro, boa música, boas artes plásticas, boa dança, bom cinema, boa literatura aos seus estudantes e à sociedade. Hoje a UFG se compromete a tornar o acesso à produção artística, como parte integrante e estrutural do seu processo educacional.


Envelopamento externo metálico e cubos coloridos com vidro temperado nas portarias, compõem a nova fachada do Centro Cultural UFG.

A operação exigiu grande esforço por parte da PROEC para reformular não somente o espaço físico, mas também o seu projeto cultural. As mudanças físicas envolveram planejamento correto, criação de projeto arquitetônico adequado às novas funções, busca por financiamentos, divisão da reforma em sucessivas etapas. O projeto que está sendo executado ficou a cargo do arquiteto Fernando Simon. Finalmente a obra está na sua fase conclusiva e o Centro Cultural brevemente poderá ser inaugurado.


Vista do pátio externo do Centro Cultural UFG com mureta de proteção no estacionamento no primeiro plano.

O Centro Cultural estará equipado para o desenvolvimento de exposições de artes visuais e de espetáculos cênicos e musicais.

O setor de artes visuais terá duas grandes salas de exposição; uma delas abrigará a mostra permanente do Acervo Artístico UFG e a outra sediará mostras transitórias, atualizando constantemente as informações artísticas. As mostras deverão ser acompanhadas por debates e palestras, serão apoiadas pelo setor de ações educativas, envolvendo visitas guiadas por monitores treinados, ações lúdico-pedagógicas, conversas com artistas, workshops, mini-cursos, etc. A reserva técnica abrigará parte do Acervo Artístico da UFG e será apoiada pelos setores de conservação e de museologia implantados no Centro Cultural.

Vista interna das Salas expositivas ainda inacabadas - passarela divisória e escada de acesso ao mezanino.

O setor de artes cênicas dispõe do teatro e da sala de dança. O teatro de porte médio, com arquitetura não convencional está projetado para o experimentalismo da linguagem cênica contemporânea. O projeto funcional levou em conta despojamento e elegância em aspectos que vão desde piso tecnicamente adequado à prática de dança, até o isolamento acústico do teatro (que a propósito, contará com excelente piano de cauda de origem Alemã); dos projetos luninotécnico e de sonorização bem acabados, até os amplos camarins com banheiros.


Vista do Centro Cultural UFG - portaria do Teatro e porta de entrada de cenários.

O Centro Cultural contará com uma loja da Livraria da UFG, que funcionará também como café-bazar, um local para a reunião entre amigos para trocas de idéias e para o entretenimento inteligente.

Vista do Centro Cultural UFG - porta de entrada de cenários, portaria das Salas expositivas e grandes bancos no pátio externo.

O projeto do Centro Cultural UFG pensa a cultura associada ao conforto e à dignidade dos agentes culturais e também do público. Complementado os dois setores a estrutura de apoio do Centro Cultural UFG contará ainda com uma ala de funções administrativas

Acesso às portarias do Teatro e da Galeria no Centro Cultural UFG.

domingo, 15 de novembro de 2009

Acervo Artístico da UFG nas capas da Coleção Critérios da Editora UFG

A Editora UFG publica nas capas dos livros da COLEÇÃO CRITÉRIOS imagens de obras de arte do Acervo Artístico da UFG, divulgando a coleção de grande importância para o patrimônio cultural da instituição.

A coleção reproduz as seguintes obras:


Intervenção sobre fotografias de Manfred Jade por Pitágoras Lopes, obra da coleção Hodiernos, é a capa do livro "Para a Crítica da Subjetividade Reificada", de Anita C. Azevedo Resende.


Serigrafia de Macieg Babinski, obra da coleção doada à UFG pelo Banco Central, é a capa do livro "Formação Cultural de Professores ou a Arte da Fuga de Monique Andries Nogueira.


Serigrafia do artista modernista Clóvis Graciano, obra da coleção doada à UFG pelo Banco Central, é a capa do livro "Corpoiesis: A criação do ator", de Newton Murce.


Objeto de Patrícia Mesquita realizada em pelúcia, obra da coleção Hodiernos, é a capa do livro "Sindicato e magistério: constituição e crise", de Maria Tereza Canezin.

Serigrafia do artista modernista Alfredo Volpi, obra da coleção doada à UFG pelo Banco Central, é a capa do livro "Sindicatos em transição", de Arlene Carvalho de Assis Clímaco.

Acervo artístico UFG

Carla Abreu entrevista Carlos Sena para o livro de sua autoria "Galeria da FAV - percurso e reflexões" patrocinado pela Petrobrás e lançado nessa Galeria em maio de 2008 ; aquí, reproduzimos duas dessas perguntas, por dizerem respeito ao atual Acervo UFG, que então era denominado Acervo da FAV . A entrevista na íntegra está editada no citado livro, e encontra-se disponível também, no site da Galeria da FAV.

Acervo UFG - Siron Franco

Quando surgiu a idéia de iniciar uma política de formação de acervo para a FAV? E como ela evoluiu?

CS - No aniversário da UFG em 1997, organizei uma mostra com as obras que estavam nos gabinetes da FAV. Montei o conjunto na antiga galeria, que naquele momento tinha sido reformada embora permanecesse inadequada. Nessa exposição acrescentei ainda algumas obras solicitadas a jovens professores, numa tentativa de atualização do processo. Escrevi um texto apresentando a exposição como o Acervo da FAV, e, apesar da timidez do conjunto, aquilo teve um impacto muito positivo sobre toda a comunidade. Então, começou a ser cada vez mais freqüente se ouvir falar sobre o acervo da FAV.

Acervo UFG - Selma Parreira

No processo de fundação da galeria, discuti muito com o Raimundo Martins a necessidade de levar essa idéia de acervo à frente, como um núcleo gerador de um futuro museu. O apoio dele foi fundamental. Então criei o Projeto de Extensão: "Ampliação do Acervo Artístico da FAV", registrado na PROEC (2002)*, e já estou trabalhando nele há seis anos.

Acervo UFG - Júlio Ghiorzi

A partir da pesquisa e da análise das obras dos artistas que considero relevantes à História da Arte em Goiás, escrevi um estudo intitulado “Arte Contemporânea em Goiás – de 1960 até a atualidade” (que aguarda publicação) e essa obra é que me norteia na organização da coleção.
Sobre as aquisições levantadas por meu projeto produzi dois catálogos e alguns folderes; realizei três exposições e algumas palestras.
Recentemente, artistas brasileiros procuraram o projeto para doarem suas obras, e vi nisso a possibilidade de ampliar o diálogo da produção local com a nacional, incorporando estas produções.
Atualmente a coleção por mim organizada contém cerca de cem obras em modalidades as mais diversas, entre pintura, escultura, desenho, gravura, objeto, instalação e vídeo-arte.

Acervo UFG - Helga Stein

Quais foram os critérios definidos e como são constituídos os vínculos para compor o acervo da Galeria da FAV?

CS – O acervo da FAV é eclético e compõe-se de diversas coleções que também tiveram diversas origens: a primeira coleção foi formada por um parco número de obras (pinturas, desenhos, esculturas e gravuras) de antigos professores do Instituto de Artes e de ex-alunos que foram premiados nos Salões de Arte que essa escola promoveu (tenho uma obra incluída nessa coleção pioneira). A segunda coleção veio pronta como doação do Banco Central à FAV, e é formada por gravuras (serigrafias) de artistas do modernismo brasileiro. A terceira coleção foi organizada pela Profª Edna Goya e é composta de obras de gravadores goianos. Finalmente, a quarta coleção, Hodiernos, é fruto da minha pesquisa sobre a arte local e do meu trânsito como artista e produtor cultural nos circuitos local e nacional.
Eu somente posso falar dos critérios estabelecidos dentro do meu projeto de ampliar o acervo artístico da FAV.

Acervo UFG - Pitágoras

Sob o conceito de Hodiernos, organizo uma coleção de arte contemporânea com ênfase na produção goiana, e com alguma amostragem de arte brasileira. A coleção é formada a partir de doações mediadas pela minha pessoa, e o primeiro critério para isso é o reconhecimento público do artista e sua historicidade e a importância de sua obra e de seu currículo. Como segundo critério, a relevância da obra doada, que deve estar inserida na trajetória do artista. Depois, enumeram-se a possibilidade da obra ser conservada numa coleção pública, na instável situação brasileira; e mais critérios relacionados às dimensões para o armazenamento e ao estado de conservação.
As doações são legitimadas pelos artistas doadores sob assinaturas de Termos de Doação, documentos legais que eximem a UFG de qualquer ônus sobre essa transação e ainda termos de cessão dos direitos de uso da Imagem da obra para a UFG;
Quanto aos vínculos institucionais, a coleção recebe a chancela de instâncias superiores. As obras doadas são submetidas à aprovação do Conselho Curatorial e Consultivo da Galeria da FAV, e posteriormente também referendadas pelo Conselho Diretor da FAV. Outro vínculo deve ser estabelecido com o processo de tombamento como patrimônio público da UFG.

Acervo UFG - Marcelo Solá

No mais, os processos de difusão do acervo e a lida diária pela acomodação e conservação da coleção envolvem desde capacitação e qualificação de diversos agentes profissionais, até a adequação e, às vezes, construção dos espaços para que a coleção possa crescer, para que possa permanecer viva para as gerações futuras. É essa, a minha proposta.

Acervo UFG - Juliano de Moraes


PS. O Acervo artístico da Faculdade de Artes UFG, foi transferido para os cuidados da PROEC/UFG em 2008 passando desde então, a adotar a nomenclatura Acervo artístico UFG, ele tramita atualmente o seu processo de legitimação para ser tombado como patrimônio/UFG. Também nessa nova fase, o Acervo ganhou sede própria - Centro Cultural UFG, dispondo de sala para exposição permanente, e outra para exposições transitórias, reserva técnica, depósitos, setores de museologia e conservação de obras de arte, sala de ação educativa, livraria, bazar e café. O setor de conservação atualmente é coordenado por Esp.Mônica de Lima Carvalho que atua com diversos alunos bolsistas. O setor de Museologia estruturado anteriormente pela Ms.Rosângela Barbosa, investiu agora na aquisição de funcionário e conta também com a atuação de alunos bolsistas.

Acervo UFG - Divino Sobral


* Atualmente o Acervo artístico da UFG está vinculado ao Núcleo de Pesquisa da FAV/UFG através do projeto - "Estratégias e procedimentos da Arte Moderna e Contemporânea de Goiás", que desde 2005 registra os produtos gerados por essa pesquisa: vídeos, folderes, catálagos e livros.